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Desinformação climática e COP 30

Análise da Revista Oeste, Gazeta do Povo, Pleno.News e Jornal da Cidade

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A COP-30 vem aí! E com ela, o meio ambiente respira sossegado. Bom, em partes. Uma das questões levadas na COP deste ano, realizada em Belém do Pará, é a desinformação. Pensando nisso, nós, jornalistas da disciplina Jornalismo Multiplataforma I da UFPB ousamos averiguar o que os jornais estão falando sobre o tema do meio ambiente.

E o resultado é um verdadeiro panorama de contrastes. Enquanto alguns veículos reforçam dados científicos e destacam iniciativas de preservação, outros acabam reproduzindo informações superficiais ou incorretas, alimentando mito e confusões sobre mudanças climáticas, desmatamento e políticas ambientais. A diversidade de abordagens evidencia que, mais do que nunca, o papel do jornalismo crítico e bem apurado é fundamental para que a população consiga separar o que é fato do que é achismo.

Para isso, realizamos uma apuração em quatro jornais que, historicamente, desinformam sobre temas ambientais: Pleno.News, Gazeta do Povo, Revista Oeste e Jornal da Cidade Online. E, nesta checagem, a bola catada foi a pauta verde — ou seja, apesar do tema ser de grande relevância, esses jornais continuaram a propagar desinformação, minimizando impactos, distorcendo fatos e reproduzindo narrativas equivocadas sobre mudanças climáticas, desmatamento e políticas ambientais.

A análise demonstra que, mesmo quando o assunto é urgente e amplamente debatido, certos veículos ainda falham em informar de maneira responsável.

Essa situação evidencia o papel crucial da COP-30 como espaço não somente de negociação política e ambiental, mas também de conscientização pública. Quando veículos que historicamente desinformam mantêm narrativas equivocadas, a população arrisca ser mal orientada sobre questões que impactam diretamente o futuro do planeta.

Por isso, o jornalismo crítico e bem apurado se mostra mais essencial do que nunca. Cabe aos jornalistas separar fatos de achismos, checar dados científicos e oferecer contextos claros, para que a sociedade possa compreender a gravidade das mudanças climáticas e a urgência das ações de preservação. Em um cenário no qual a desinformação ainda circula amplamente, a informação confiável torna-se uma ferramenta de resistência e de transformação social.

No fim das contas, a COP-30 não é apenas um evento político ou diplomático: é um termômetro do compromisso da sociedade com o planeta. E, enquanto houver desinformação nos meios de comunicação, o desafio do jornalismo será garantir que a pauta verde não seja apenas discutida, mas entendida, valorizada e transformada em ações concretas.
Análise por:
Ana Júlia da Silva
Gean dos Santos da Costa
Jhúlio Fernando Alves de Miranda
Lucas Salatiel Oliveira da Silva
Ryann Lucas Olímpio Santos

João Pessoa, setembro de 2025

Proposta de trabalho

O presente trabalho tem como objetivo analisar o tratamento dado por diferentes jornais ao tema do meio ambiente, identificando indícios de desinformação, manipulação ou omissão de dados relevantes. A proposta surge no contexto da COP (Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas), espaço de discussão internacional em que o acesso à informação qualificada e o combate à desinformação são elementos fundamentais para a formulação de políticas públicas ambientais eficazes. Para isso, será aplicada uma matriz de análise composta por oito critérios que permitem avaliar de forma sistemática como cada veículo constrói sua narrativa sobre questões ambientais.


- ETAPA 1

O processo de análise será realizado em etapas. Em primeiro lugar, será feita a seleção de matérias jornalísticas que abordem diretamente assuntos relacionados ao meio ambiente e suas derivações, como mudanças climáticas, desmatamento, exploração de recursos naturais, políticas públicas ambientais e ações de movimentos sociais. A escolha das matérias buscará contemplar tanto veículos de grande circulação quanto jornais “direcionados”, a fim de captar diferentes perspectivas.


- ETAPA 2


Em seguida, cada matéria será submetida à matriz de análise, composta por critérios que observam:

● a natureza e credibilidade das fontes utilizadas;

● a presença ou ausência de omissões de informações relevantes;

● a forma de enquadramento do tema (se como problema real ou como exagero/“alarmismo”);

● a linguagem empregada;

● a utilização de estratégias típicas de desinformação (negação direta, dúvida artificial, falsas soluções, teorias da conspiração etc.);

● a relação entre interesses econômicos e a linha editorial;

● as vozes privilegiadas no discurso jornalístico;

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